O conceito básico por trás dos formatos de arquivos 3D é o de armazenar as informações da superfície da peça 3D criadas a partir da modelagem computacional, para que sejam transferidos entre equipamentos, como uma impressora 3D.
No lugar de armários, agora utilizamos computadores para guardar modelos de estudo, de trabalho, texturas e várias outras características do meio bucal de nossos pacientes.
Esse armazenamento é feito através de arquivos digitais em vários tipos de extensões. No caso da odontologia os arquivos mais utilizados são: STL, OBJ e PLY.
Confira a seguir as características de cada um deles:
STL (Standard Triangle Language ou STeriLitografia – 3D System, 1987)
Criado para as primeiras impressoras desenvolvidas no mundo, é o mais comum de todos e considerado universal por ser reconhecido por todos os softwares de planejamento odontológico, seja ele para prótese, implante, ortodontia e todas as outras especialidades.
É também considerado como um dos formatos mais simples e enxutos disponíveis no mercado. Essa simplicidade permite que os softwares façam sua leitura (processamento) mais rápida, porém em menor resolução.
Apresentam cores apenas em escala cinza, sem texturas dos objetos captados em 3D, disponibilizando a impressão ou planejamento no CAD sem essas referências.
OBJ (Object File Wavefront 3D – Wavefront Technologies, computação gráfica)
Desenvolvido para compensar as deficiências do STL. , o arquivo OBJ permite o armazenamento de cor e textura dos objetos em 3D, além de suportar não só a a geometria por triângulos, mas também de outros polígonos, que possibilita a criação de contornos mais suaves.
PLY ( Polygon File Format ou Stanford Triangle Format – Universidade de Stanforf, 1990)
Esse tipo de arquivo foi principalmente concebido para armazenar dados tridimensionais a partir de scanners 3D. Foi desenvolvido com base no OBJ, porém possui características mais amplas, como permitir além do armazenamento de cor e textura, também identificar transparências.
Os scanners intraorais atuais permitem a exportação de arquivos em STL e PLY. O STL é mais utilizado por ser considerado universal, já o PLY permite melhor visualização do arquivo em cores e com textura, permitindo maior facilidade para identificar limites e áreas de transição dos diversos tecidos orais. Tanto STL como PLY são arquivos abertos.
Há empresas que também apresentam formatos diferentes o que os tornam sistemas fechados quando utilizados arquivos próprios.