Andrea Son – G2
Apesar de ser um assunto frequente nos dias de hoje, os softwares são utilizados há alguns anos e estão presentes desde em sistemas completos CAD/CAM com um alto valor de investimento a ser realizado, até em versões gratuitas disponíveis para aquisição na internet que permitem diferentes modelagens e ajustes.

Dentre as principais diferenças entre os softwares pagos e as versões gratuitas, estão: a interface do software, o fluxo de trabalho, ferramentas específicas, possibilidade de trabalhar com arquivos como a tomografia (específicos da área da saúde), automação de parâmetros que se repetem, e outras facilidades projetadas para facilitar a utilização por profissionais da área.
Em um software pago, normalmente é possível trabalhar com um fluxo de trabalho pré-definido que orienta o usuário a navegar pelas ferramentas intuitivamente. A usabilidade do software é projetada para que o trabalho seja executado de forma mais fácil e rápida possível.
A interface normalmente varia conforme as marcas, no entanto quando um software é de uso odontológico, existem detalhes e grafismos preparados para que os arquivos a serem trabalhados tenham uma melhor visibilidade ao serem importados para dentro do software. Principalmente quando se trata de arquivos como as tomografias, que necessitam de filtros e funcionalidades direcionadas.
Também temos ferramentas específicas como delimitação do término do preparo, simulação de cor dos dentes, iluminação pontual e determinação do eixo de inserção da peça para avaliar áreas retentivas, inserção de parâmetros de acordo com a indicação, modelo de equipamento e materiais a serem utilizados.
Atualmente, dependendo da curva de aprendizado e principalmente da prática constante do usuário na utilização dos softwares, é possível explorar inúmeras possibilidades dentro de versões gratuitas. Mas, na maioria das vezes um tempo maior precisa dedicado para a familiarização com os comandos por serem livres de ações obrigatórias ou travas de segurança.
Os itens geralmente ficam dispostos em uma caixa de ferramentas que podem ser utilizados de acordo com a necessidade do usuário. Ainda não temos tantas opções disponíveis para se trabalhar com comandos que de fato ajudem os profissionais a finalizarem um caso completo de forma rápida, eficiente e segura. Um bom trabalho a ser modelado dentro de softwares gratuitos depende de muito domínio tanto técnico e prático, quanto clínico com muitos testes realizados do software para produção, para entendimento dos parâmetros determinados. Dificilmente encontramos em soluções gratuitas as facilidades descritas nas versões pagas, no entanto novos formatos de comercialização, como a possibilidade de adquirir somente os módulos necessários têm sido aplicados no mercado.
Finalmente, independente da opção selecionada, é necessário por em prática seja em casos reais ou modelos de treinamento para que o uso não se torne desgastante e moroso. A prática e o compartilhamento de informações com colegas, e a consulta de apostilas, artigos, webinars, cursos e outras fontes de aprendizado são necessários para que todo o potencial, seja na versão paga quanto na gratuita possam gerar muitos frutos.
Atualmente sou usuária e entusiasta de todas as versões de softwares possíveis. Agregar essas soluções ao dia a dia clínico me trouxe maior previsibilidade, melhora na comunicação entre profissionais e com os pacientes, melhor entendimento de minha parte com os casos pela possibilidade de visualizar todos os dados de forma integral e aumento da minha criatividade, por conseguir simular diferentes resultados para um mesmo planejamento.
Ao invés de dizer que é um caminho sem volta, ou que o futuro é agora. Acredito que ter uma base sólida de conhecimento e experiência clínica sejam importantíssimos para que os resultados sejam ainda melhores, respeitando a saúde do paciente. Mais softwares estão em constante desenvolvimento e com ferramentas cada vez mais ricas e automatizadas, permitindo que mais usuários possam usufruir dos benefícios de forma fácil e intuitiva.